CAROLINA (suspirando.) – Já perdi dois anos!
RIBEIRO (chegando-se.) – Foste injusta comigo, Carolina. Não acreditas que eu te amo, ou já não me amas talvez! Confessa!
CAROLINA (com indiferença.) – Não sei.
RIBEIRO – Dize francamente.
CAROLINA – Como está quente a noite! Abre aquela janela.
(Ribeiro vai abrir a janela do fundo; Helena, que falava baixo a Pinheiro, dirige-se a ele, e ambos conversam recostados à grade e voltados para a rua.)
CENA IV
CAROLINA E PINHEIRO.
PINHEIRO – Eu lhe agradeço, Carolina.
CAROLINA (admirada.) – O quê, Sr. Pinheiro?
PINHEIRO – A satisfação que me causaram suas palavras. Não pensava, dando esta ceia, que ia realizar um desejo seu.
CAROLINA (sorrindo.) – Ah! é verdade! Mas sou eu então que lhe devo agradecer.
PINHEIRO – Faça antes outra cousa.