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Página:Aventuras de Diofanes.djvu/139

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triunfo. Oh, quem rendera já o espírito nos braços do arrependimento! E como o pálido semblante se lhe fazia cadavérico e os olhos se lhe cobriam de sangue, a voz trêmula, e rouca, não quis responder-lhe, e pedi ao Rei o mandasse a descansar; o que logo se fez. A este tempo já a gente do campo, e parte da família haviam apagado o incêndio, que não ateou mais que naquele quarto: nem se falava no que havia padecido aquela parte do palácio, porque a novidade do que se havia descoberto em Aldino, ocupava a admiração de todos, pois não só era servo antigo, mas tido pelo mais verdadeiro, e zeloso; sendo que estes os Deuses os conhecem, e os mostra o tempo. O que lhe causou tanto dano, foi o receio de que chegasse aos ouvidos do Rei, que os companheiros lhes entranhavam não ser eu posto em melhor ocupação, pois dava mostras de ser na verdade sábio, pelo bem que instruía os filhos daqueles rústicos; e que sendo oferecido por Filósofo, era odioso o emprego de guardar rebanhos: estas poderações lhe introduziam o veneno nas entranhas.

No dia seguinte fui à presença da Majestade, que me disse: Agora sei as virtudes, de que és ornado; e se queres a liberdade, confia-me verdadeiramente quem és,