Página:Brasileiras celebres (1862).djvu/137

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caridade, que serviu até ao ano de 1854, em que os enfermos foram trasladados para o hospital novo, inaugurado no dia 5 de março do mesmo ano.

Por escritura de 19 de março de 1762, lhe fez André Vieira da Rosa doação de dez braças de terreno, em quadro, para edificar a capela, com as frentes até ao mar, para o adro e serventia pública, e, em 25 de abril, requeria ela à Ordem Terceira a restituição da importância das esmolas que havia cedido para a edificação da capela, visto querer construí-la então por si mesma. Anuiu a Ordem Terceira de bom grado, dando por motivo de demora da edificação da capela a falta da licença real, que impetrara do reino, e, em 2 de maio desse ano, se lavrou a escritura de distrato e se lhe fez entrega do respectivo dinheiro.

Empenhou-se Joana de Gusmão em realizar o seu ardente desejo, e as obras da capela de seu Menino Deus começaram com toda a atividade, e dois anos depois doava ela a mesma capela e uma casa, dependência da mesma, à religião franciscana, levada das considerações da falta que havia na terra de sacerdotes, que assistissem aos povos com a palavra evangélica, e freqüentassem os confessionários, por só haver um vigário em cada freguesia, com a obrigação de festejar a mesma ordem todos os anos o Menino Deus, e lhe dar por sua morte sepultura, no recinto de sua capela.

Impetrada a licença do ordinário, pelo provincial Fr. Inácio