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DOM JOAO VI NO BRAZIL 87

sua curiosidade, informa Maler, contentou-se Dom Joao

com ver o official e ouvil-o fallar, par Y embrasure d une

, porte .

Assim conseguia andar sempre muito bem informado do que ia succedendo nos lugares onde a coroa tinha in- teresses. Foi elle o primeiro a communicar a Maler que o conde de Alisbal reunia de facto forc,as em Cadiz para uma grande expedicao sul-americana, quasi certamente dirigida contra o Rio da Prata, mas que essas tropas eram o que os Francezes bem exprimiam pela palavra delabrees. A nin- guem de resto confiava Dom Joao a tarefa de abrir e ler os despachos que chegavam enderecados aos varies ministe- rios, sendo ajudado nos trabalhos do gabinete pela infanta Maria Thereza, a filha mais velha e sua predilecta - - talvez porque nao tinha grande certeza da paternidade dos ultimos filhos da Rainha Dona Carlota - - que cedo enviuvou do infante d Hespanha. Nao so conseguia andar excellentemente informado como exigia sel-o, e no tratar das cousas publicas animava-se e tomava um calor que se nao compadece com a sua reputagao corrente de indifferenga.

Igualmente se nao compadece com o sen renome de avaro, nao ha muito reproduzido (i), o facto relatado na correspondencia franceza de haver o Rei mandado pagar do seu bolsinho, em segredo porem, apparentando terem sido satisfeitas do inventario do defunto, as despezas do enterro no mosteiro de Sao Bento, e as dividas deixadas pelo nuncio Marefoschi, alias de familia abastada, fallecido de uma apoplexia na noite de 16 para 17 de Setembro de 1820 e que apenas deixara em caixa 500 francos (8o$ooo).

��(1) Arti go do Sr. Mario Behring Um dia dc D. Joao VI no i(,x. do Dox/pmbro de 1904.

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