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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/117

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 95

ajuntava elle, os cavallos e as viagens as unicas cousas de uma carestia inconcebivel : tudo e do mesmo geito. Nao ha cantinho do universe onde se seja peor alimentado e peor alojado e por precos tao excessivos."

For uma casa terrea fora da cidade pagava o mesmo encarregado de negocios de Franga 8oo$ooo por anno, que eram entao 5.000 francos, competindo-lhe as despezas de custeio e concertos. D esta propria rasa se viu Maler mais tarde privado por tel-a adquirido a Rainha que a ambicio- nava para tomar ares. Dona Carlota, coino e sabido, gostava muito de mudar de ares e n este intuito possuia diversas vi- vendas nos arrabaldes da cidade. O consul queixou-se porem amargamente ( I ) de ter assim que deixax, com suas qua- tro irmas, uma habitagao onde effectuara bemfeitorias, entre ellas um pomar de arvores tropicaes e arvores da Eu- ropa, inclusive pecegueiros.

Como a corte empregava grande numero de criados, tornara-se o servigo domestico escasso e conseguintemente caro. Um carro, ou para melhor dizer uma suja traquitana, custava 26 francos por meio dia e 50 francos pelo dia todo. Nada era barato. Nao admira que os generos importados, e muito pouco era o que se nao importava, fossem dispendiosos, pois que sobre elles pesavam avultados fretes e grandes di- reitos aduaneiros, mas o que mais curioso resulta e que os artigos da terra, como o assucar e cafe, custassem o mesmo quasi que em Lisboa. A propria agua - - inutil e observar que a nao havia canalizada em casa - - pagava-se a I franco o barril.

��(1) Officio de 2 de Outubro de 1818 no Arch, do Min. dos Neg. Estr. fte Franca.

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