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DOM JOAO VI NO BRAZIL 181

de Janeiro se vai a Bahia em oito ou quinze dias, e ao Rio Grande no mesmo tempo, com pouca differenga" (i).

A solicitude administrativa de D. Rodrigo timbrava em attingir todos os assumptos a que se applicava a sua intelli- gencia de uma extrema versatilidade. No Brazil, onde era vasto e quasi virgem o campo das reformas, elle havia de dedicar-se a mil assumptos de uma vez, tratando ate de desenvolver a criacao de ovelhas para beneficio da industria de lanificios, melhorar a rac,a cavallar com a importac.ao de animaes andinos, e acclimar vigonhos e alpacas das regioes montanhosas do Pacifico (2). E sempre fora este o seu modo de proceder na vida publica, misturando novidades problematicas com resolucoes atiladas. Assim um aviso de 22 de Novembro de 1796, expedido ao governador do Para D. Francisco de Souza Coutin ho, seu irmao, dispoe - - e o ministro apenas havia tornado conta da pasta - - o que hoje ainda nao possue methodicamente o Brazil: o estabeleci- mento de um systema fixo para os cortes regulares de madei ras das mattas e de um piano para assegurar a sua reproduc- cao, bem como promover a sua exportagao para os outros pai- zes da Europa (3).

O peor e que dos excellentes pianos de D. Rodrigo nem a decima parte se executava, nao tanto porque faltassem ao auctor vigor e constancia para os levar ate ao fim, como porque Ihes era o meio hostil, por excesso de apathia, natu ral e voluntaria. Em redor do Principe, na nova como na antiga corte, escasseavam os homens de entendimento e

��(1) Carta <le 30 de Setem>l>ro de 1~9G, no Anch. Pub. do Rio de Janeiro.

(2) Cartas de F. Contucci, no Arch, do Min. das Rel. Ext. do Brazil.

(3) Arch< Pub. do Rio de Janeiro.

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