DOM JOAO VI NO BRAZIL 241
artes, ao commercio e industria nacionaes podem submims- trar os differentes productos dos trez reinos da natureza, extrahidos dos meus dominios ultramarines."
Onde era desconhecida a producgao typographica, en- traram de repente os prelos a dar a luz numerosos trabalhos No tempo que medeia entre as Observances cormnerciaes e economicas de Silva Lisboa (1808) e as Memorias do Rio de Janeiro de Monsenhor Pizarro (1820), sahiram da Impressao Regia obras didacticas, de moral, de philosophia aristotelica, poeticas, dramaticas, mercantis, clinicas, nauti- cas, de todo o genero. Si bem que nao existindo liberdade de imprensa, uma revista "litteraria, politica e mercantil" assaz interessante O Patriota foi editada nos annos de 1813 e 1814, diffundindo pelas classes alta e media a instmcgao que nas suas paginas era fornecida por homens do valor de Silvestre Pinheiro Ferreira, Jose Bonifacio de Andrada e Silva, Domingos Borges de Barros, Marianno J. Pereira da Fonseca (future marquez de Marica) e outros.
Nao havia porem censura que obstasse a franca circula- gao do Correto Braziliense, onde se criticava com talento toda a marcha da politica portugueza e todos os processes da sua administracao. Em Portugal a Regencia, mais rea- lista do que o Rei, vedara esse periodico, que no Rio era Dom Joao VI o primeiro a ler com assiduidade ( I ) . E si em Lisboa nos fins do seculo XVIII eram perseguidos sem piedade quaesquer livros francezes uma denominacao
��(1) Para comfoa ter o eflfeito d essa publicagao em paiz estran- geiro, suibYencionava a emfbaixada portugue-za de Londres o Investi- mitlur 1 uriinjin-z, que durou de 3811 a isl .t (o Oorreio durou de 1808 a 1822) e foi prim ei ram ente dirigido pelos Drs. Bernardo Jos6 de Atorantes e Castro e Vicente Pedro Nolasco e Castro. Depois de 1814 flirigio-o o conhecido escriptor, traductor de Tacito, mais tarde emi- gi .rulo lihci a 1 ] Jcsi - Lihcrulo Frelre de Ci .vvalho, r-dtniir nulo tMilfvo o periodico maior Lndttpeindeibcia.
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