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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/341

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bOM JOAO VI NO BRAZIL 310

arteria, de cuja occupagao como ribeirinhos fora constante politica portugueza excluir os estrangeiros.

Em situagao mais critica do que Linhares, e com este o Brazil, achava-se todavia a Junta de Buenos Ayres que de todo substituira no governo os vice-reis Linfers e Cisneros, e que visava a independencia sem o querer confessar aber- tamente, por nao dispor ainda dos meios de tornal-a effectiva. Contra ella se convertera o Rio de Janeiro pela forga natu ral das circumstancias n um foco de reacgao. A Junta de Buenos Ayres nao reconhecia a auctoridade de Cadiz: Ca diz porem ficava longe. De perto, da capital brazileira, e que Ihe podiam vir os peores golpes. D ahi desfechava Casa Irujo suas circulares, que mandava distribuir profusamente pelas possessoes hespanholas, fazendo notar que desde muito andavam as colonias do Rio da Prata minadas pela divisao e pelos partidos, contando no seu seio espiritos ardentes e inquietos, allucinados por theorias seductoras. Ao remetter para o Departamento d Estado estes documentos, escrevia o ministro Sumter com philosophia que o mundo andava entao tao bem relacionado com a linguagem e o desenvolvimento das revoluQoes, que sem custo se persuadiria que aquella gente mais se deixaria guiar na continuacao pelas circumstan cias do que pelas promessas feitas.

Perigo muito maior era no emtanto o annunciado soc- corro portuguez a Montevideo, o qual se afigurava justa- mente a Junta de Buenos Ayres a propria ruina, ou pelo menos a perda d aquella praga e da margem septentrional do Prata. Para a todo o transe o evitar, appellou ella para o governo do Principe Regente e sobretudo para o ministro britannico. A este suggeriram os patriotas que seria para a Inglaterra uma politica suicida repor os recursos da Ame-

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