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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/342

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320 DOM JOAO VI NO BRAZIL

rica nas maos da Hespanha e acenaram com a brilhante perspectiva das francas relagoes mercantis entre as Provin- cias do Prata e o Reino Unido, cujos promettedores interes- ses commerciaes n essa regiao andavam compromettidos pelo bloqueio estabelecido por Elio, o qual convinha tanto mais por isso romper.

A attitude da Inglaterra foi de facto o obstaculo ca pital a realizagao immediata das pretengoes portuguezas. Sumter informa n um officio que para conter Buenos Ayres havia na fronteira tropas bastantes (8 a 10.000 homens re- zavam seus apontamentos) e que a Hespanha nao estava em condigao, todo o mundo o sabia, de defender o seu pa- trimonio. O governo portuguez pareceu um instante disposto mesmo a prestar concurso material a manifestacao dos sen- timentos legalistas e unitarios no Chile e Peru, em opposigao as vistas separatistas e autonomicas de Buenos Ayres ( I ) , livre depois de reclamar a paga dos servigos prestados.

Lord Strangford teve ensejo de responder a varias com- municagoes da Junta. A resposta de 16 de Junho de 1810, na qual o ministro louva a moderagao e lealdade dynastica testemunhadas pelos seus correspondentes mas se escusa de coadjuvar-lhes em qualquer ponto as intengoes politicas, prevenia o espirito dos Buenarenses contra os Francezes, alliados naturaes dos povos sublevados, e garantia as inten- goes pacificas da corte portugueza emquanto a colonia se conservasse dentro da apregoada legitimidade. Alguns me- zes depois, nos comegos de 1811, o diplomata offerecia a Junta, afim de se reconciliar Buenos Ayres com as outras Provincias do Prata e especialmente com Montevideo, a

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