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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/391

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 369

goes mercantis e o accrescimo da riqueza publica e particular, nao mais bastava para o meio circulante do Brazil e Portugal o quinto do ouro extrahido em Minas Geraes, que era outr ora sufficiente. A grande contracgao resultante na cir- culagao monetaria fez por vezes subir o juro das letras a 20 e 22 o/o, sendo de 12 o/o o juro usual para contas abertas entre negociantes. Devido a carencia de numerario acharam entao entrada no Brazil muitas piastras mexicanas, que va- liam 750 reis, e o Thesouro comprava para recunhar e emit- tir a taxa de 960 reis (um peso), o que as fez artificialmente subirem a 915 reis. Dest arte pagava o Thesouro por 22 valor intrinseco do ouro - - o que Ihe nao renderia mais do que 17. (i)

Pelo tempo em que viajavam Spix e Martius e de accordo com o mappa por elles deixado relativo ao anno de 1817, o total das exportagoes do Rio de Janeiro subia em valor a 5.400 contos, produzindo de direitos para o The souro nao longe de 150 contos, porque, alem dos 2 o/o co- brados sobre todo producto exportado e calculados sobre o preco do mesmo no mercado, existiam as taxas especiaes, de 1 60 reis pela caixa de assucar, 80 reis por arroba de cafe, 100 reis por bala de algodao, 20 reis pelo couro e 20 reis pelo rolo de fumo. A exportacao do algodao sommava 320.000 arrobas em 40.000 balas ou fardos, representando em 1817 o valor de 2.560 contos; a de couros valia no mesmo anno 614 con tos, equivalentes a 512.000 pegas, e a de fumo 180 contos, equivalentes a 18.000 rolos ou pacotes.

Quanto a pregos, o medio do assucar, entre o branco fino e o mascavado, era de 200 reis por arroba; a arroba de cafe custava 2$4OO reis; 8$ a de algodao; i$2OO o couro de

��(1) Lviecock, ol>. cit.

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