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472 DOM JOAO VI NO BRAZIL

lar, logo que elle chegasse e quizesse assumir a sua geren- cia. ( i )

Nao e exaggerado affirmar que em certo sentido, isto e, considerados pelos prismas dos seus respectivos paizes e gragas aos resultados para estes obtidos quando nao em ma- teria de vantagens positivas, pelo menos na da manutenc,ao do decoro nacional, foram Talleyrand e Palmella as figuras mais salientes do Congresso de Vienna. Ambos tiveram que luctar contra circumstancias todas desfavoraveis e obtiveram senao quanto poderiam desejar, visto que Franca e Portu gal sahiram despojados de conquistas, muito mais do que era licito esperar dos primeiros serios obstaculos levantados a sua actividade diplomatica.

Talleyrand encontrou-se com uma allianc,a previa das trez grandes cortes do norte, Vienna, Sao Petersburgo e Ber- lim ; allianca de facto de quatro nacoes, pois que tinham admittido aquellas o Reino Unido como socio e quasi ar- bitro em razao da grande preponderancia politica, commer cial e financeira da nagao britannica. D esta combinagao hos- til, que pretendia repartir sem mais consulta a Polonia e a Allemanha, fez o diplomata francez com summa habilidade derivar a liga das cinco grandes potencias conhecida pela Santa Allianga. De tal cruzada absolutista imaginada n uma forma mystica pelo autocrata russo e a qual deu Metternich o valor pratico, comecou a Franga por ser parte para se tor- nar dentro em breve o espirito mais moderado e intelligente ate que Canning assumiu semelhante papel, rompendo o concerto reaccionario.

Desfraldando a bandeira da justica internacional, Tal leyrand em Vienna pugnou fortemente, por conveniencia

��(1) A.wh. do Min. das Rel. Ext.

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