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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/509

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 487

d Artois, pai do Duque de Berry), Coigny achara preferivel evadir a questao.

Outrotanto acontecera, apoz a ida de Palmella para Vienna, entre Brito e o conde de Blacas, valido reconhecido do monarcha, a quern o marquez de Aguiar nao duvidara escrever sobre o projecto, solicitando resposta immediata. Nao ignorava Brito que as influencias russophilas da corte de Pariz, muito provavelmente com o antigo governador de Odessa, duque de Richelieu, a frente, imaginavam casar o Principe com uma irma do Czar Alexandre, a mesma Gra Duqueza Anna que a pouca idade sobretudo impedira de desposar Napoleao. Contava o diplomata portuguez que a difference de religiao provasse um obstaculo insuperavel a esse consorcio do herdeiro do Rei Christianissimo, e com effeito provou sel-o, sem nada adiantar comtudo em benefi- cio da Infanta, cujo dote Palmella lembrara a Talleyrand poder ser constituido pela restituicao pura e simples de Cayenna, provocando do grande cynico a resposta de que se nao deviam misturar negociacoes de interesse com negocios de coracao. ( I )

Na conferencia que a 9 de Janeiro de 1815 Palmella teve com Talleyrand, o ministro dos negocios estrangei- ros da monarchia franceza quiz maliciosamente sacudir sobre a Inglaterra a ultima responsabilidade da nao ratificacfio portugueza do tratado, affirmando com toda a gravida de que Portugal devia entender-se a resipeito e criiminar ou pelo menos recriminar a sua fiel alliada, que por elle estipulara as condic,6es da paz ; ao passo que a Franca, vencida e, como

��(1) Talleynmcl alias contrariava, pelo que eonsta das suas Memorias, o casamt-nto russo, jn-cl erlndo-llie o port u^iiex, mas soltre- ludo o enlace com a Priinvza d;is Duas Sicilias ([ijc veio a ser a Du queza de Berry.

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