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Página:Dom João VI no Brazil, vol 1.djvu/550

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528 DOM JOAO VI NO BRAZIL

cutivelmente superior, como allegavam os que tinham con- cedido aquella convengao. Disse-se que os Inglezes estavam na sua marcha para o sill, deixando propositalmente atraz os Portuguezes e retardando a entrega das armas que Ihes de- viam ser fornecidas, no intuito de apressarem a tomada de Lisboa, effectuarem-na sos e venderem caro a sua conquista ao Principe Regente, escambando-a por favores commerciaes no Brazil, cessao de algumas ilhas como a Madeira, da qual se tinham chegado a apossar no curto tempo das hostilidades, e Santa Catharina, etc. ( I )

Nao seria comtudo logico que, pretendendo iniciar jus- tamente na America do Sul uma politica imperialista, fosse o governo de Dom Joao concordar em ceder terras brazileiras a Gra Bretanha. O em baixador Souza Coutinho que, se- gundo o prova a sua correspondencia secreta, tratou o mais que poude de obter melhores termos para o tratado de 1810, cujos defeitos bem reconhecia, achando porem impraticavel alcangar outros termos, dadas a situacao muito critica entao de Portugal, onde continuavam a dar-se invasoes francezas, e a notoria debilidade militar do Brazil, incapaz de serios esforgos mesmo defensivos emquanto se nao verificasse me- Ihoria, (2) logrou ainda assim preservar para o seu sobe- rano o dominio da ilha de Santa Catharina, que a Inglaterra cobigava. (3)

��(1) Estes boatos acham-se reproduzidos n uma carta secre- de D. Domingos ao irmao D. Rodrigo, datada de 25 de Fe- -vereiro de 1 1 8O8 p inclnsa n> pacot- cLt. no Arch, do Min. das Jlol. Ext.

IL ) Os defeitos bom lobH gados \wv F\inchal no tratado cu.ja negociac;ao ajudava, eram a falta de real rectprocidade. o in conve- niente da pe rpetuidade, o indecoro de urn .iuiz coBser-vador eleito e que de facto prolongava as feitorias tradicionaes as quaes se davam por abolidas.

(3) A Madeira foi d -vol-vida sem grande dMficuldade, mas

sem deloBgas.

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