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DOM JOAO VI NO BRAZIL 683

de razao e de justica, e acceitando o encargo da mediagao por esse governo pedida para evitar o rompimento que estava no interesse de todas as potencias europeas arredar. Castle- reagh informou Falmella de que a alludfda nota fora muito modificada por influencia da Inglaterra: "pois que a idea de algumas das potencias fora de nos ameagar, em termos claros, com a guerra, e de encarregar os seus Ministros no Rio de Janeiro de exigirem do nosso Governo cathegorica- mente a evacuagao do territorio hespanhol."

Ainda assim reputou Palmella descabidos os termos da nota collectiva em questao, sobre ella escrevendo a Ester- hazy, embaixador d Austria em Londres, que "os plenipo- tenciarios alii prejudicam a questao antes de terem recebido as explicacoes que pedem e copiam inteiramente as phrases de que usam os Ministros hespanhoes nos manifestos que apresentaram as potencias alliadas; (i)

A medida que se aquecia o zelo apparatoso da Russia - do Czar partiu ate, ao que se diz, o primeiro conselho do recurso a mediacao da Santa Allianga - - pelos interesses hespanhoes, era natural que abatesse o ardor anti-portuguez e bastante postico do gabinete britannico e que arrefecessem as relagoes entre as cortes de Londres e de Madrid, tornadas pelas circumstancJas mais calorosas. Por outro lado o enlace imminente do Principe Real Dom Pedro com a filha do Imperador d Austria nao deixava de ir exercendo seu ef- feito sobre o modo por que o Imperio do Danubio encarava a situacao portugueza. As instrucgoes mandadas ao principe

��(1) DcxpachoK e C<n-rcxi><i<lcii<-i(i, Tomo I. Sao. convem notnr, mnito (*(! sso-s os documentos officiaes que n esta collocgao se encon- tram sobre a primeira missao de Palmella em Londres. avolumando os particulares sob a forma de cartas ao conde de Porto Santo, com refe- rencias miudcs aos acontecimentos que se iam desenvolveBdo.

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