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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/29

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 593

boa intelligencia com a corte do Rio. Si nao applaudia em absolute a expedigao de Lecor, tampouco a poderia guer- rear com efficiencia. Ignorava ate si Portugal e Hespanha nao estariam de accordo, conforme tendiam a fazer crel-o as declaracoes do gabinete do Rio de que, indo dar um golpe de morte na anarchia revolucionaria, servia os interesses da monarchia catholica ao mesmo tempo que os proprios, orga- nica e fatalmente conservadores. For isso Pueyrredon addu- ziu pretextos, adiou solugoes, contemporizou, ganhou tempo, nao respondendo a Garcia ( cujas communicacoes con- tinuavam a ser dirigidas a Balcarce, antecessor do di rector, por ser desconhecida no Brazil nas datas a subida ao poder de Pueyrredon ), mandando um commissionado militar ao encontro do general portuguez invasor a pedir explicacoes e reclamar o cumprimento do armisticio de 1812, e consultando o Congresso, expressao da vontade nacional.

Em face das chimeras de realeza indigena d esta assem- blea e sem meios de crear um novo exercito, como Ihe indica- vam o Cabildo e a Junta de observagao ( I ) , Pueyrredon ti- nha comtudo suas esperancas postas no exercito dos Andes que San Martin andava disciplinando em Mendoza para a reconquista do Chile e a libertacao do Peru. Entretanto, ate regressar do Pacrfico esse exercito ro bustecido pela victoria e destinado a repellir os intentos absorventes da metropole, salvando a patria da dissolucao, Lecor tomaria posse de Montevideo, que Artigas nao deixara mesmo ser soccorrida, originando-se uma situagao mais instavel e mais grave do que nunca.

A occupacao da Banda Oriental era pelo enviado Gar cia considerada um bem por um motivo mais. Faltando este

��(1) Mitre, Hist, de Bclgrano, yol IT.

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