t)()M JOAO VI NO BRAZIL
irremediavel a desaggregagao hespanhola em andamento. Uma vez consummada, tal desaggrega^ao reduziria a me- tropole, privada de sens melhores recursos, a potencia muito subalterna, e collocaria os desunidos e debeis fragmentos do imperio colonial rival a merce da compacta e disciplinada expansao portugueza no futuro.
O commercio era uma das preoccupagoes presentes e por conseguinte um dos motivos da attitude cautelosa do governo portuguez, o qual, zelando na apparencia a sua neutralidade, so aguardava occasiao propicia de exclusiva e francamente servir os seus interesses. Entretanto favorecia quanto podia o trafico mercantil estabelecido entre o Rio, Montevideo e Buenos Ayres.
Qualquer desvio da tao apregoada isenqao que dissi- mulava o real egoismo da intervenc,ao, podia de resto ser profundamente ruinoso a corte brazileira. Si desertasse a causa legal da Hespanha, ficar-lhe-hia a descoberto o velho Reino, exposto as represalias da nacjio visinha. Si a abra- qasse com sinceridade, correria o risco de ver accender-se um confjicto armado do novo Reino com as ex-colonias hespa- nholas, ja praticamente empossadas na sua soberania. Era portanto de prever que Portugal apenas favorecia effecti- vamente o partido da metropole si a considerasse ou melhor a verificasse em estado de reconquistar as suas possessoes: do contrario, abster-se-hia de pronunciar-se abertamente e nfio perderia ate ensejo de usar de benevolencia para com os insurgentes.
Maler cita como um dos exemplos da moderagao e tole- rancia de Dom Joao poderia accrescentar do seu tino - - o tratamento dispensado ao general Alvear, ex-director das Pro- vincias do Rio da Prata, o qual se refugiara a bordo de uma
�� �