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600 DOM JOAO VI NO BRAZIL

vice-rei ou capitao general, anhelando porem mais que tudo e o mais forteniente pela independencia.

Os jornaes inglezes da epocha, cujo parecer se mani- festava unanimemente muito contrario a expedigao do Sul - quer ella viesse a ser feita de connivencia com o Rei d Hespanha, quer fosse intentada unicamente por Portugal com o fim de castigar um visinho importune como Artigas e assegurar a fronteira brazileira uma mais solida protecgao -punham no geral em relevo ( I ) aquella aversao tradicional e o mal que para os Portuguezes resultava de prestarem ou- vidos as faccoes decahidas e intrigantes que, la como em toda a parte, empregavam os melhores esforc.os para venderem seu paiz a estrangeiros.

O partido portuguez chegou entretanto a ser considera- vel no Rio da Prata "em contraposiqao aos principles disso- lutos dos Independentes, que constituiam o outro partido forte" (2) ; porquanto no que nao havia quasi discrepancias, em que pese a opiniao de Luxemburgo e Maler, imbuidos de preconceitos de legitimidade e da excellencia das solugoes medias, era por parte da populacjio nacional com relagao ao restabelecimento da auctoridade da mai patria, mesmo sob a forma de uniao com previa concessao da autonomia.

Um periodico britannico (3) escrevia ate, reconhe- cendo o vigor do partido affeic,oado a corte do Rio, que "as pessoas mais respeitaveis das provincias, tanto pela fortuna como pela reputacao, eram favoraveis ao governo portuguez porque o julgavam preferivel aos principios revolucionarios e irreligiosos que sao infelizmente transmittidos a America

��(1) Entre outvos o Morning Chronicle de 19 d>> Kotomltro de 1S1G.

cJi Corresp. fie Malor.

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