602 BOM JOAO VI KO BRAZIL
tanto nao justificava a intervengao portugueza. "Nao alcan- gariamos formar uma idea clos direitos, a menos que os es- tabelegam a fraude e a violencia, que possa possuir o governo portuguez para interferir n uma disputa entre a Hespanha e as suas colonias" (i).
Igual maneira de ver adoptava o gabinete de Saint- James apezar de, no intuito de lisonjear os sentimentos pra- ticos da Inglaterra no assumpto, ter o general commandante da forga expedicionaria portugueza levado ordem de decla- rar abertos ao commercio universal todos os portos de que se apoderasse, assim abolindo formalmente o systema colo nial de exclusivismo.
3e resto a potencia alguma da Europa, cujos agentes no Brazil denunciavam os altos pianos da corte do Rio, agradava o imperialismo americano de Portugal. "Monse- nhor, exclamava Maler (2), esta Corte mau grado a penu- ria das suas finangas, a fraqueza do seu governo e o estado da sua populagao, nutre ideas ambiciosas; imaginou que chegara para ellas o momenta favoravel e o titulo de Reino Jnido havendo exaltado algumas cabegas, acredita poder impunemente, nao sacudir a mascara, mas levantar o veo." Verdade e que a residencia americana dava uma inde- pendencia a corte portugueza como ella desde longo tempo ou talvez nunca possuira na Europa, nao deixando todas as potencias de reconhecer o cabimento da preferencia tes- temunhada pelo Principe Regente ao Brazil. "Essa especie de sujeigao tern frequentemente estorvado a corte de Lisboa, dizia-se nas instrucgoes ao coronel Maler, quando nomeado
��(1) Periodico citado.
(2) Officio de 31 de Outubr de 1816.
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