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DOM ,JOAO VI NO BRAZIL

recursos adequados, um conflicto com Portugal, perigoso para a emancipagao argentina.

A multidao era por Montevideo, o sentimento popular estava com a resistencia, o instincto dos governantes denun- ciava a ameaqa da occupacao estrangeira da Banda Oriental : forga era comtudo aos responsaveis pelos negocios publicos raciocinarem com mais calculo e menos sentimentalismo, tanto mais quanto na outra margem do Prata so se Ihes deparavam desconfianga e hostilidade. "II faut bien selon les circonstan- ces avoir 1 air de ceder aux cris du peuple, mais Tarri-ere pen- see est constamment la meme, on veut toujours a tout eve- nement la facilite de se jetter dans les bras des Portu- gais" (i)/

As tropas portuguezas, aproveitando-se d estas dissen- soes e receios, tinham entretanto ido arvorando o pavilhao do Reino Unido no territorio oriental. O piano da campanha era assim esbo^ado por Hippolyto aos seus leitores na occa- siao em que se travava a lucta: "As tropas portuguezas do Rio Grande, entraram ja por Missoens, passaram o Uru guay, e iam a atacar Corrientes, que he o principal posto fortificado, que Artigas tern no Parana. Depois, vindo por este rio abaixo, nao terao difficuldade em tomar Santa Fe, que he a chave da passagem para a margem meridional do Rio da Prata; assim ficara inteiramente cortada a reti- rada de Artigas para o interior do paiz; ainda que elle alii tivesse, o que nao tern, amigos que o acolhessem, e proteges- sem. Se Artigas for com suas tropas de Montevideo a op- por-se a estes pianos dos portuguezes, deixa Montevideo, Colonia do Sacramento, Maldonac]o, e toda a margem do Rio da Prata daquella parte, sem forcas para resistir ao

(1) Off. cit. de Maler de 20 de Feveroiro de 1817.

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