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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/43

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DOM JOAO VI NO BRAZIL 607

desembarque de cinco mil homens, que por mar alii chegarao do Rio de Janeiro; e apertado entre dous exercitos, cada um delles superior ao seo, Artigas nao tern meio algum de resistir" (i).

Si o piano nao foi seguido a risca e nao esperava o re- sultado facilidade igual a augurada, e que a invasao de Corrientes e Entrerios nao correspondeu ao projecto tactico e Artigas nao ficou afinal entre dous fogos, segundo fora delineado. Do lado do mar, a marcha dos Portuguezes entre o littoral e a capital foi comtudo progressivamente feliz, to- mando o exercito conta da pragas em nome do Rei Fide- lissimo como si se tratasse de verdadeiras conquistas, que de verdade o eram.

Para confirmar tal impressao, basta ler a convengao ajustada a 22 de Novembro de 1816 entre o capitao de fra- gata conde de Vianna e D. Francisco de Aguilar, como representante do povo de Maldonado, para a entrega d esta cidade. Maldonado manifestara alias preferir muito dedi- car-se tranquillamente ao commercio, a experimentar o con- tra-choque das luctas armadas, pelo que o general Barrera, creatura de Artigas, tinha feito conduzir ao quartel general do chefe, desarmados e sob uma escolta toda composta de negros perfeitamente equipados, os milicianos da cidade (2).

Por occasiao da rendigao de Montevideo, um dos arti- gos da convenqao assignada estipulava, em absolute menos- prezo e directa offensiva aos direitos do Rei Catholico, os quaes tanto se assegurava salvaguardar, que o general Lecor se compromettia a nao devoLver as chaves da cidade senao as mesmas auctoridades que Ih as tivessem confiado.

��(1) Correio Braziliensc, n. 98, Julho de 1816.

(2) Corresp. de Maler.

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