1074 DOM JOAO VI NO BRAZIL
deza, que eram as que de comego se tinham em vista para nao suscitar os reparos da Santa Allianga.
A idea da estagao nos Agores nascera muito provavel- mente do boato que corria em Londres de que, tanto n esse archipelago como na ilha da Madeira, populagao e auctorida- des negavam-se a submetter-se ao governo de Lisboa. Ainda assim D. Jose de Souza nao esquecia as ilhas adjacentes na distribuigao de fragatas de guerra que suggeria a lord Cas- tlereagh, destacando-se da esquadra do Rio da Prata umas para serem postas a disposigao de Dom Joao VI no caso de requerer tal soccorro para acompanhal-o ate a Europa, e mandando-se outras para Lisboa, ilhas e, por prevengao, a conter na obediencia ao Rei os habitantes tambem da Bahia e Pernambuco "no caso de quererem tentar agora uma nova revolugao."
Muito sensatamente Castlereagh so nao objectou ao primeiro alvitre, si bem que lastimando que da estagao do Rio da Prata se tivessem retirado as naus de guerra, e em todo caso ponderando a conveniencia de ser a pessoa do Rei transportada a bordo de uma embarcaQao portugueza, em- pregando-se os navios inglezes na conducgao das pessoas que tivessem de acompanhar a corte. O governo britannico achava sempre geito de voltar a sua toada favorita de nao querer dar pretexto a accusagoes portuguezas contra a ascen- dencia ingleza, as quaes prejudicariam a real causa; tao sincera sendo sua vontade de nao comprometter Dom Joao VI, que vacillara em seguir o exemplo da Franga e annuir a representagoes enderegadas pelos negociantes ingle zes de Lisboa para fim identico, de se mandarem mavios para Tejo com o fim de protegel-os de quaesquer eventualidades.
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