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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/52

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616 DOM JOAO VI NO BRAZIL

havia menos notoria contemplate com os revolucionarios platinoc.

Alvear, expulso de Buenos Ayres, residio trez annos no Rio ?em ser estorvado no minimo, admittido ate a beijar a mao do Rei, e quando para la quiz voltar (e por signal que o nao quizeram acolher), conseguindo illudir a prohibigao de transportal-o dada por Maler ao czipitao da goleta fran- ceza La Celeste, o governo portuguez nem deu resposta a nota de Casa Flores, ministro da Hespanha, que em vao se agitou para tolher a ida do rebelde. Como de costume Dom Joao dissimulou, ao fazer-se referenda ao caso na con- versa que teve com o encarregado de nego-cios de Franga n uma das numerosissimas recepgoes do Paco, onde o beija- mao solemne era frequentissimo, a proposito de tudo, com grande desespero do corpo diplomatico, ao qual semelhan- tes festas e tao repetidas agradavam pouco pelo calor, pelo tedio e scbretudo pelos gastos que acarretavam.

Dando conta d estes incidentes ao seu governo, Maler se nao podia center de exclamar com tragica emphase ( I ) : "Nao hesito em avangar bem afoitamente que as contempla- goes prodigalizadas a Buenos Ayres nao teem limites, que nada me surprehende desde que se trate de proteger e com- prazer aos revolucionarios d aquella cidade, e por fim que o accordo reinante entre este paiz e os corypheus da America do Sul e inconcebivel."

A situacao dos Portuguezes na Banda Oriental de facto nao resultava tao critica, ou tao circumscripta a sua acgao militar, quanto o queria fazer crer a insistencia dos agentes diplomaticos europeus no Brazil, addictos a causa da legitimidade ou contraries a expansao portugueza. Em fins

��(1) Officlo de 9 de Maio de 1818.

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