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Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/564

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1128 DOM JOAO VI NO BRAZIL

A mda-no ite foram acordar o Rei. Este, que almejara provocar uma demonstragao de lealdadc, nao uma manifesta- gao de liberalismo, mal veio a si do espanto, estremunhado e desilludido, annuio a tudo: concedeu a Constituigao hespa- nhola, concedia ate o sceptro si o tivessem reclamado. As ruidosas acclamagoes com que em toda a cidade foi pelos patriotas recebido o resultado d esse seu exclusive pronuncia- mento civil, despertaram todavia da primeira indifferenga as tro pas portuguezas, que se congregaram logo, como ja se fizera costume, no largo do Rocio.

D ahi ao pronunciamento militar, distava um passo. Ao romper do dia, emquanto se enfiavam na Bolsa os dis- cursos congratulatorios, a sombra da promettida protecc.ao de liberdade de palavra por parte do commandante das armas, general Caula, um regimento de cagadores cercou o edificio, Jntimou a dispersao da reuniao, deu uma descarga de mosquetaria contra as janellas e penetrou no recinto de baioneta calada, dissolvendo o ajuntamento sedicioso, ma- tando trez pessoas, ferindo mais de vinte, prendendo uma porgao e pondo em fuga o maior numero ( I ) . O arremedo de convengao vivera... I espace d une nuit.

De novo ,n este episodio se quer ver, com bastante appa- rencia de razao, a participagao do Principe. E muito pouco provavel que os cagadores tivessem agido de motu proprio ; o Rei com certeza ninguem mesmo o accusou esteve alheio a violencia empregada ; os officiaes do regimento seriam por si capazes de ter ordenado a debandada e ma- tanga de uma assemblea, cuja reuniao era legal pois que a convocara o juiz do districto, si bem que estivessem sendo exaggeradas suas pretengoes e que se houvesse augmentado

��(1) Handelmann, 06. cit.

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