Página:Dom João VI no Brazil, vol 2.djvu/73

Wikisource, a biblioteca livre

DOM JOlO VI NO BRAZIL 637

reconhecimento publico, nem dara outro qualquer passo de que a Hespanha possa tomar offensa, vigiara com especial cuidado que a allianga europea nao adopte contra elles me- dida alguma activa. Os agentes de Buenos Ayres e da Nova Granada na Inglaterra enderegaram ao Governo Britannico protestos contra a interposicao dos Alliados, a nao ser sobre a base da total Independencia das Colonias, os quaes sao irrespondiveis tanto pelos argumentos de direito, como de facto ; e as vistas da Gra Bretanha e da Russia acerca do que se deve fazer estao por forma tal distanciadas (are so widely apart), havendo tao pouco desejo em qualquer dos lados de chegar a accordo sobre este ponto, que nenhuma duvida pode existir de que o presente appello da Hespanha aos raios e coriscos dos Alliados termine em outra cousa a nao ser em formal desapontamento."

A identico fim estava votado o appello do gabinete de Madrid concernente a occupacao portugueza da Banda Oriental, ainda que Ihe nao houvesse faltado sympathica correspondencia da parte das grandes potencias europeas. Castlereagh respondeu com marcada benevolencia a nota de Fernan Nuilez de 17 de Dezembro de 1816 (l), annuindo a proposicao hespanhola de interporem as cortes alliadas seus bons officios afim de evitarem que estalasse a guerra, chamando Portugal a razao. Ao mesmo tempo e em confir- macao d esta resposta, expedia o Foreign Office ao consul geral encarregado de negocios no Rio um despacho em que se dizia esperar a Inglaterra que as explicates portuguezas tornassem inutil a intervengao da Santa Allianga, eviden- ciando a lizura do proceder da corte brazileira.

��(1) Castlereagh s Letter s and Despatches, vol. XI.

�� �