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Página:Eneida Brazileira.djvu/130

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Tu Hecate ululada, ultrices Furias,
Ouvi-me, ó deuses da expirante Elisa,
Vosso nume volvei contra os perversos,
E attendei nossos rogos. Se he fadado
665E quer Jove que o monstro, em fixo termo,
Poje em terra, audaz povo o ataque e avexe;
E errante, foragido, arrebatado
Dos abraços de Iulo, auxílio implore,
Veja dos seus os funeraes indignos;
670Ou, curvo á iniqua paz, não goze o reino
E appetecida luz; mas ante tempo
Caia, e insepulto sôbre a arêa jaza:
Com meu sangue esta praga última verto.
Tyrios! vosso rancor lhe acosse a estirpe,
675De offerta á cinza minha: a alliança os povos
Nunca irmane. Dos ossos tu me nasce,
Taes colonos persegue a fogo e ferro,
O’ vingador: já, logo, em todo o sempre
Que haja fôrças, com praias travem praias,
680Ondas com ondas guerra, armas com armas;
Com seus netos, impreco, os meus pelejem.»
Por tudo o ânimo versa, e a têa odiosa
Traça em breve troncar. A Barce falla,
Do bom Sicheu nutriz, que em pó na antiga
685Patria a sua ficou: «Nutriz querida,
Chama cá minha irmã; que asperja o corpo
Com agua fluvial; não tarde, e as rezes
Venham com ella e as purgações prescriptas:
E tu com pia fita as fontes venda.
690Os que encetei solemnes sacrificios
A Jove Estygio concluir tenciono,
Findar meus males e entregar á pyra
A imagem do infiel.» Termina; a serva
Com senil zelo accelerava o passo.
695Trépida e em fera empresa encarniçada,