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Página:Eneida Brazileira.djvu/268

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Antigo e venerado; o qual circumdam
Negros abetos, curvos montes fecham.
Priscos Pelasgos, íncolas do Lacio,
Um dia e o luco he fama que a Silvano,
595Deus das lavras e gados, consagraram.
Tárchon lá tinha os arraiaes seguros;
De uma collina o exército espalhado
Já se descortinava e ao largo as tendas.
Com seus guerreiros se adianta Enéas;
600Lassos, dos corpos, dos cavallos curam.
A candida Cyprina os dons pelo ether
Nimboso traz, e ao filho em valle escuso
Retrahido enxergando á fresca margem,
Lhe dice rosto a rosto: «Eis os presentes
605Que ingenhou meu consorte: não recêes
Laurentes suberbões nem fero Turno
Provocar.» Nisto, enreda-se nos braços
Do seu querido, e á sombra de um carvalho
Depoz fronteiro as fulgurantes armas.
610Gostoso de honra tanta, em si não cabe;
Mira tudo e remira; embraça e apalpa,
Menêa e prova, de terrivel crista
O elmo flammívomo, a letal espada;
Bronzi-rija e sanguínea a gran’coiraça,
615Qual se aos raios de Sol cerulea nuvem
Longe esplende e rubeja; as finas grevas
De electro e ouro acendrado, e a cota e a lança,
E a do broquel textura inexplicavel.
Nelle, o porvir sabendo e as profecias,
620O artifice gravou de Italia as cousas
E os triumphos romanos, desde Iulo
A estirpe toda, e a serie das batalhas.
De Marte em verde gruta alli parida
Loba jaz, e a brincar das tetas pendem
625Gemeos que a chupam sem pavor, e afagos,