O ginete vacilla açodado
Desta brida incessante e veloz —
D. Silveira, raivoso, de um salto
Se desmonta com gesto feroz.
Já baixavam sem brilho nas orlas
Do horizonte os raios do sol,
Já crepusc’lo da tarde brilhava
Em seu mago e sublime arrebol. —
E ao longe p’la brisa açoitado
Deslisava-se um veo côr de prata,
Preso á coma de um corpo gentil
Qu’extasia, revelia, e arrebata.
D. Silveira no instante o divisa,
E não sei porque mago condão,
Se lhe paira nos labios um riso,
Um sorriso d’esp’rança e paixão!
Abandona o corcel, e apressado
S’encaminha, e voz d’alma lhe diz
Que é alli quem procura — que é ella —
A sua dama — a famada Beatriz!
Alguns instantes mais — e um rosto pallido,
Mudo e triste — sublime se pendia
Por sobre rijo arnez de rijo ferro —
Qu’immovel, orgulhoso acalentava
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Aspeto
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