ingenuos, quasi biblicos, da terra acolhedôra e generosa onde nasceste, — deixaste, afinal, um dia, e vieste peregrinar inquieto pelas inhospitas, barbaras terras do Desconhecido...
Vieste da tua paragem feliz e meiga, — amplidão de bondade patriarchal, primitiva —, mergulhar na onda nervosa do Sonho, que já de longe, dos êrmos rudes do teu lar, fascinava de magneticos fluidos, de imponderados mysterios, o teu bello ser contemplativo e sensibilisado.
Chegas para a Via-Sacra da Arte a esta avalanche immensa de sensações e paixões uivantes, roçando esta multidão insidiosa, confusa, dubia, que de rastos, de rojo, borborinha, farejando anciosamente o Vicio.
Vens ainda com todo o sol fremente do teu solitario firmamento provinciano na carnação vigorosa de forte, de virilisado n’aquelles ares; trazes ainda no sangue accêso a impetuosidade dos lutadores alegres e heroicos e ainda todo esse organismo desenvolvido livremente nos campos respira a saude brava d’aquella athmosphera casta e verde, dos amplos céos humidos da tinta fresca das manhans, aguarellados delicadamente de claro azul.
Mas, d’ahi a pouco, uma vez immerso completamente na Arte, uma vez concentrado