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tico ardor... São como tu Ladice — concluiu elle sério.

— Devéras, Jean? Tu me crês assim tão deliciosa Oh! que orgulho! — Ella fremia de contente, ufanava-se de sua belleza, de seu espirito, de sua originalidade, simplesmente por amôr de seu amante.

— Que te vale a minha opinião se tens a do Poeta eminente... — E João recuou para deixal-a passar.

Chegavam á casa.

Após o almoço, ambos estirados em confortaveis cadeiras de lona, conversavam. O assumpto corria leve, sem fio, perguntas a esmo, interrupções grandes, pequenas curiosidades satisfeitas, criticas, indagações mutuas.

— Admira-me que tua mãe haja deixado Paris. Ella aprecia tanto as modas...

— Voltarão em breve. Estão actualmente em Nice, por causa do frio... Oh! João que saudades, apesar de ter sempre noticias... Longas pausas se seguiram.

— E Dinah, já a viste depois de noviça?

— Ainda, não. Ha tres mezes que aqui estou sem descer. Ella me escreve; mas as suas cartas muito concisas só me falam do céo, da sua felicidade, da salvação eterna...

— Salvação eterna — repetiu elle — Oh! pesadelo terrivel para quem crê... João se entregou de novo aos seus pensamentos e assim permaneceu algum tempo; de repente voltando-se bruscamente disse:

— Tenho uma grande novidade; Jorge acaba de