chegar da commissão de que foi encarregado, porém casado...
— Jorge casou-se ?
— Sim; e com filha de fazendeiro...
— Que me dizes, bonita moça?
— Bonita, mas sem geito... E´ de pasmar, elle rapaz elegante, leitor assiduo da ultima revista, que se veste á ingleza e só amante de francezas... Creio, entretanto, que a mulher é muito rica.
— Com certeza; de resto elle sempre adorou o luxo; agora o seu somno será inalteravel... — accrescentou ella rindo-se.
— E o seu goso immensuravel... — ajuntou João.
— O relogio bateu tres horas.
— Oh, Jean, adeus, vou escrever. —E Ladice levantou-se.
— Ainda é cedo; espera, faze-o amanhã...
— E´ inadiavel.— Parecia a João que de cada mollecula de sua prima, um jasmin despontava. Em seus olhos, em seus labios plenitudes de alma dansavam.
— Para quem essa urgencia?
— Oh! curioso, sabel-o-ás depois. — E Ladice saiu ligeira, gizando, com os seus membros flexiveis, sinuosidades serpentinas.
Era-lhe totalmente impossivel passar um dia sem vêr Theophilo ou sem escrever-lhe; era-lhe necessidade imperiosa, obrigação latente, convergencia suprêma de todas as suas tendencias e impulsos.
Travando da penna, Ladice lhe enviou as seguin-