— Não sei... — E seus olhos baixaram, acompanhando os movimentos inconscientes dos dedos sobre a toalha.
— Seja franca; sim, ou não?
— Meu Deus, que teimosia!
— E´ do maximo interesse para mim. — E os traços se lhe contrahiram, para ter a calma necessaria.
— Devéras? — Ladice saboreava a sua propria soberania. Detinha-se, risonha sobre a ancia, a espectativa avida do advogado.
— Por piedade; sim, ou não! — repetiu elle, baixinho.
— Sim — balbuciou ella, levando aos labios a taça de champanha. Em a retina brilhava-lhe o triumpho da maldade, a alegria da deserção, a palpitação de uma nova surpresa, um outro futuro...
O Dr. Assis, grave, severo, nada lhe respondeu. Bebeu alguns goles d'agua e misturou-se na conversa geral.
Ladice lhe percebia o esforço para vencer-se, subjugar-se, domar-se, absorver-se no assumpto.
Dinah, que, durante o jantar, os espreitava, não deixou de observar a mudança brusca do dr. Assis, e attribuuu-a a algum graçejo de Ladice. De longe formulou-lhe' com os labios um má imperceptivel.
Findo o jantar, as senhoras retiraram-se para o salão; os homens conservaram-se ainda á mesa, a fumar.
Dinah, Ladice e Ruth d´Alba sentarem-se na sala do piano. em cadeirinhas de espaldar, semi-circular,