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Página:Fausto Traduzido por Agostinho Dornellas 1867.djvu/93

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Ainda homem não és que prenda o démo.
Embalae-o com doces phantasias
E em mar dillusões submergi-o.
Mas p'ra romper do limiar o encanto,
É me mister de rato o dente agudo.
Longo esconjuro não farei, já ouço
Um aqui perto que a meu mando acode.
Dos ratos o senhor e dos morganhos,
Das moscas e das rans, sapos e osgas,
Ordena-te que sáias attrevido
E que esta limieira roas como
Se de oleo 'stivera toda untada;

 

Vamos á obra: o ang'lo que me prende
É o que adiante está mesmo no canto,,
Uma dentada mais; 'stá tudo feito.
Agora, Fausto, sonha, até nos vermos.

 
FAUSTO (despertando)

Inda mais uma vez ludibriado!
D'espectros a visão assim termina?
Vi em sonho mentido o proprio démo,
E um cão que trouxera escapuliu-se?

 

 
QUARTO DE ESTUDO
 
Fausto Mephistopheles
 
FAUSTO

Batem? Entrae! Quem vem atormentar-me?