— Está bom; eu vou! tornou Belinhas mais animosa.
Com efeito entreabriu a rótula, e viu junto ao oitão uma sombra.
— Anda, Belinhas!
A menina deu um psiu tão sumido que não se ouviu a dois passos. Marta, porém, repetiu o sinal com força muitas vezes.
O nosso Lisardo, assim avisado de repente, esteve a abalar dali, tonto com a aventura. Mas a voz impaciente da filha do almotacé o colou à parede.
— Venha!...
O nosso poeta ficou imóvel.
— Venha já!...
Parou-lhe a respiração:
— Senão fico zangada!
Foi preciso despachar a Benvinda para trazer à fala o poeta, que só depois de mil sustos e arrependimentos resolveu-se a acompanhá-la.
Quando ó Lisardo penetrou na alcova, a Belinhas o esperava encostada na cabeceira da cama, e a Marta escondida por trás do cortinado ficara de espreita, para animar a amiga a quem ensinara o recado.
Saiu porém a cousa ás avessas; porque o Lisardo depois de duas topadas que deu ao entrar, e que o iam levando ao chão, embutiu-se no canto do trumó como se fosse uma figura de pau; e a Belinhas repuxando