e só iam a Olinda para tomar ares ou para assistir às festas de Estado que celebravam-se na catedral, e à qual mais de um fez-se conduzir debaixo de pálio.
Atravessemos a ponte levadiça abaixada sobre o largo fosso, e que mais parece dormente a julgar pela ferrugem das correntes que a prendem às colunas da frontaria. Entremos o pórtico do castelo e passando pelo saguão em abóbada vamos ter à sala d'armas. Deixando à direita as portas de comunicação para o pavimento térreo e em frente à arcada que abre sobre o pátio, subamos a escada que fica à direita, e que nos leva em dois lanços a uma antecâmara do sobrado.
Aí estão os lacaios do governador que dirigem os visitantes à próxima alpendrada corrida em volta do pátio sobre colunas de jacarandá tão bem torneadas e burnidas, que figuram basalto.
Três lados dessa galeria estão desertos e silenciosos; no quarto, porém, começam a enxamear entre os oficiais de sala do governador, a gente da governança, e muita outra da principal da terra que vinham ao jube domine, sem falar da chusma interminável de pedintes que nesses dias caiam sobre o governador como um mosqueiro sobre uma fôrma de açúcar.
São nove horas da manhã.