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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/194

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— Pois quem não quiser assim, bradou o Nuno impaciente, vá despejando o beco. É o que não falta por ai, mariolas que estejam morrendo por um pataco.

Em vista deste argumento peremptório, os cabras embucharam as suas razões, mas ficaram resmungando contra essas invenções de arneses e couraças de que eles não compreendiam o préstimo, destros como eram a cavalgar em pêlo e a brigar quase nus.

Esta azáfama em que estava o Nuno, carece de uma explicação.

Já vimos como D. Severa, vestida de cavaleiro e acompanhada de seu escudeiro, lançara três vezes em frente de palácio um desafio a D. Sebastião de Castro pela afronta feita às damas de Olinda, mandando pregar pelas esquinas do Recife a redondilha descortês e chocarreira: ato este que a ninfa olindense qualificara de vilão, e de sua alta recreação atribuíra ao governador, pela razão de que na súcia dos mascates nada se fazia senão por vontade dele.

Dessa façanha da ninfa olindense ninguém soube em Olinda porque ela teve o cuidado de arranjar um passeio ao engenho da tia,. e em caminho, no casebre de uma velha cabocla, operou a sua transformação com a. armadura e aviamentos que levara o Nuno à garupa em uma burjaca.