— Soube não sei como, que eram meus os versos contra as damas de Olinda... E eram; mas tinha-os feito por ordem de D. Severa; e jamais com intenção de ofender aquela que eu adorava como a luz de minh'alma.
Nuno cogitava.
— Então, concluiu o poeta, pensei que já não tinha que fazer na terra e chegando aqui, me deixei morrer. Por que me chamaste de novo a este mundo, onde nada mais sou do que um espectro?
— Hás de ser marido de Belinhas, que o mando eu! exclamou o Nuno com um entono picaresco.
Um dos camaradas passou para a garupa do outro, e no cavalo devoluto acomodou-se o Lisardo, que apesar da fraqueza pôde manter-se na sela.
Por ordem do azougado rapaz, seguiu a esquadra para o Recife, que achou em alvoroto com a nova do horroroso insulto feito ao governador.
Em vez de hesitar no plano que traçara, o Nuno ao contrário mais se apressurou.
Já vimos como chegou à casa do pai, onde não o conheceram nem a mãe, nem a irmã, por causa da viseira que trazia descida; pois o escudeirinho não relaxava a couraça e capacete, que apesar de já não serem da moda, davam-lhe ares mais guerreiros.