A casa do Perereca estava fechada. Ao rijo bater da lança do Nuno acudiu um escravo, que ficou espantado vendo a patrulha.
— Arreda, tição, quero entrar.
— O senhor não está aí
— E a mulher?
— Também foi com ele para palácio.
— E a filha?
— Essa está ai, sim senhor.
— É quanto basta.
Entrou o Nuno com o costumado arreganho e esparrame na sala onde estava Marta.
— Venho buscar a menina por mandado de sua mãe.
— Para palácio?
— Sim! roncou o cavaleiro.
Marta, aborrecida e assustada de estar sozinha em casa, preparou-se logo e entrou na liteira onde ainda mais contente ficou por encontrar Belinhas.
Nesse momento um vulto que viera da Penha e esbarrara com a casa cercada de gente armada se esgueirava ao longo da cerca. O Nuno o descobriu e deu ordem de agarrá-lo:
— Que é isto, Cosme? Foge dos amigos?
— Eu... eu... Nuno...
— Tenho que agradecer-lhe umas amizades que fez aqui ao nosso Lisardo. Ponham-no de garupa; e olho no meco.