Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/223

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A tropa de novo pôs-se de marcha, mas em vez de tomar para o lado do palácio, seguiu pela praia na direção dos Afogados; e pouco depois atravessava a Boa Vista, caminho de Santo Amaro. O Nuno preferira para voltar a Olinda esse rodeio que era mais seguro.

Marta, que já sabia pela amiga quem era o façanhudo cavaleiro armado de ponto em branco, e desconfiava da embrechada, vendo assomarem as torres do palácio ao longe, pela esquerda, abriu a cortina da liteira:

— Oh! senhor, este não é o caminho do palácio.

— Não; mas é o da Igreja de Santo Amaro.

— E que vamos nós lá fazer?

— A senhora vai desposar-se com o escudeiro Nuno, Peitod'Aço; sua amiga com Lisardo de Albertim, nobre trovador olindense.

— Eu não quero, não quero, não quero! disse a menina batendo com a mãozinha fechada na borda da liteira.

— Quero eu; e basta.

— Eu te mostrarei!

E a gentil menina escondeu-se amuada dentro da liteira, para fugir ao olhar do Nuno, que nesse momento ela detestava.

Entretanto chegava o pelotão a Santo Amaro, e acampava em frente da ermida.