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Página:Guerra dos Mascates (Volume II).djvu/230

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Era um pelourinho..

Depois do desacato à sua pessoa, decidiu-se o governador a castigar a rebeldia dos pernambucanos, a quem seus íntimos injustamente imputavam o crime. Ameaçados de sorte igual à de André de Figueiredo e outros os principais da nobreza tinham fugido de Olinda e andavam foragidos pelos engenhos, onde os buscavam as escoltas que Sebastião de Castro lhes mandara no encalço.

Uma das medidas em que logo se cogitou como a mais própria para bater a arrogância dos nobres, foi a da imediata criação da vila do Recite e como as pedras do pelourinho desde muito estavam lavradas no Forte da Madre de Deus, dispuseram-se as cousas para a cerimônia.

Era este o dia destinado para a festa da proclamação da vila e por isso o poviléu do Recife, ancho e presumido de si regozijava-se pelo triunfo que haviam alcançado sobre a velha e fidalga Olinda.

Por volta das oito horas da manhã, desfilou pela Rua de São Francisco o préstito que saía do palácio e dirigia-se a Praça da Cadeia. Abria a marcha, sobre o seu andor, a imagem de Santo Antônio, o padroeiro da futura vila a que se ia levantar a povoação do Recife

Seguiram-se logo as irmandades das duas freguesias com seus guiões e balandraus, e após elas o Santíssimo