Sacramento que o vigário de São Pedro Gonçalves conduzia debaixo do pálio, acompanhado pelos ministros de El-Rei, oficiais, milicianos, e mais pessoas da governança da terra Sebastião de Castro, ainda enfermo dos ferimentos não assistia a cerimonia e fazia se representar pelo Secretário Barbosa de Lima e o Ajudante Negreiros.
No couce, os terços de infantaria, em um dos quais o dos homens brincos empunhava a gineta de capitão o nosso Miguel Correia, bizarro e desempenado como devia ser um guerreiro curtido em vinho da Figueira.
Chegada a procissão em frente á cadeia, deu três voltas ao redor do largo, e entrou a cerimônia religiosa. Em um altar volante que se levantara em face do pelourinho, e onde foi depositado o sacrário, celebrou-se a missa que terminou com a bênção do padrão da vila.
Concluindo a consagração, o ministro segurou uma ponta do pano de rás, que abrindo-se descobriu o pelourinho. Então o Dr. Luís de Valenzuela Ortiz que substituíra na ouvidoria ao Dr. Arouche, subiu. os degraus de pedra, e do alto aclamou a vila com as palavras do costume:
— Real, real, por El-Rei de Portugal!
Repetido mais duas vezes este brado, e em todas