tou a cavallo; e, voltando com rosto no rio, tomou depois pela esquerda, descendo por um caminho até perto da embocadura do arrayo da Ribanceira, que atravessou, seguindo avante não longe da margem do Lor, e na direcção da sua corrente.
Ermesinda, que ainda em tenra idade perdera a mãe, era filha de Froya Gutheres, neto de um nobre godo que acompanhara Pelagio na sua retirada para as Asturias.
Passou ella os primeiros annos em Gangas, então capital do reino, onde Froya exercia um cargo importante no paço e nos conselhos do rei Aurelio, com quem tinha valimento, e em prol de cuja eleição pugnara com ardor e efficacia.
Durante o reinado immediato, a inimizade da rainha Adosinda, mulher de Silo e irman do assassinado Froila, induziu, senão obrigou o pae de Ermesinda a conservar-se arredado da côrte, cujo assento o novo soberano mudara para Pravia.
Recolheu para as suas terras, de que a maior parte se achava em Riba-Lor e nas margens on visinhanças do rio Sil, nomeadamente no valle de Quiroga e no território de Lemus, onde, n’aquelle tempo, ainda existiam as ruinas de Dactonio, capital dos Lemavos, na mesma collina de fórma quasi cônica em que hoje se vê a villa de Monforte, cercada de uma extensa planicie. Em quanto esteve affastado dos negocios públicos, Froya vivia ora n’uma ora n’outra das localidades sujeitas ao seu senhorio privativo.
Quando Mauregato chegou ao solio, o antigo magnate da