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sujeitos. Houve graves e discretos assuntos, aos que se fizeram elegantes e agudíssimos versos; e vai continuando nos seus progressos, esperando que em tão grande proteção se dêem ao prelo os seus escritos, em prêmio das suas fadigas.»

A Academia dos Renascidos fundava-se em 1759 com quarenta sócios de número, ou efetivos, e oitenta supranumerários, ou correspondentes. A maioria versejava ou fazia prosa oficial ou acadêmica. Glosando motes, versificando temas preestabelecidos ou também amplificando retoricamente assuntos oferecidos aos seus curtos engenhos, nenhum destes versejadores ou prosistas tinham virtudes literárias por que perdurasse na memória dos homens e as suas obras, ainda as impressas, é como se não existissem.

No Rio de Janeiro foi instituída em 1736 a Academia dos Felizes, e mais tarde, em 1752, a dos Seletos, que de fato se resumiu a uma sessão magna literária, como diríamos hoje, consagrada a celebrar o governador e capitão-general Gomes Freire de Andrade, que a presidiu. Tinham estas reuniões a vantagem de serem prazo dado e