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OBRIGADA!


A Nininha Andrade.



... E tu rezas por mim! Como agradeço
Essa esmola gentil de teu carinho...
Como as torturas de minh’alma esqueço
Nessa tua oração, floco de arminho!

Eu te bemdigo, ó santa que estremeço,
Alma tão pura como a flor do linho.
E’ tua prece á magua que padeço
Aza de pomba defendendo um ninho!

Reza, creança! Junta as mãos nevadas
E cerra as niveas palpebras amadas
Sobre os teus olhos como um lindo véo...

Depois, nas azas de uma prece ardente,
Deixa cantar minh’alma docemente,
Deixa subir meu coração ao Céo!

Alto da Saudade. — 21 de Maio de 1899.