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Página:Innocencia (1872).djvu/109

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cura? perguntou Pereira a Meyer.

—No senhor. Sou doutor em filosofia pela universidade de Iena, onde...

—Isso é nome de bicho? atalhou o mineiro.

—No senhor. É uma cidade.

—Ninguém diria... Pois, Sr. Maia, continuou Pereira apontando para Cirino, ali está um com quem moléstias não brincam.

—Ah! rouquejou o alemão abrindo ainda mais os olhos. Estimo muito conhecê-lo como notabilidade... Nestes lugares aqui é muito raro...

—Se é.! exclamou Pereira. Felizmente passou por cá nem de propósito, para pôr de pé a menina... uma filha minha... Caiu-me a talho de foice e...

Não pôde Cirino furtar-se a um movimento de vanglória. Com ar grave interrompeu:

—Não fale nisso, Sr. Pereira; o caso era simples. Febre das enchentes... não vale quase nada. Vi logo o que era de urgência; um simples suador, duas ou três doses de sulfato de quinina... e ficou tudo sanado... É simplicíssimo... O estômago não estava sujo... não havia necessidade de vomitório...

Ouvira Meyer estas indicações terapêuticas com os olhos muito fitos em quem as dava: depois, voltando-se para Pereira, disse com um aprobatório aceno de cabeça:

—Pom médico! pom médico!

Desse momento em diante, votou Cirino ao alemão a mais decidida da simpatia; e Pereira, presenciando o congraçamento daqueles dois homens, de