Principe,que no Reyno Luſitano
De hũ Duque filho fois que ẽ noſſa idade
He anchora a qualquer afflito humano.
Vede aquella parerna Mageſtade,
De taõ doce brandura acompanhada.
Bebei nelle Senhor a humanidade.
E eſta Muſa que vai mal cultiuada,
Alhea de conceitos,& artificio
Seja em voſſa frandeſa agaſalhada.
Aqui vos canta o ruſtico exercicio,
Dai voſſa mam Real aos meus Paſtores,
que o cantaruos romaraõ per officio.
Outro tempos viraõ,dias maiores,
Quando na tuba clara,& ſonoroſa
Vos poſſa offerecer verſos melhores.
Entâm ha de notar, Elyſia roſa
Voſſa fermoſa luz reſplandecente,
Dando eclipſes a Roma glorioſa
Emtão num carro de ouro preminente,
Nouas aclamaçõis de altiuo ſolio
Vos hade dar a eſtranha,& a Lyſia gente.
Num compendio de amor,num breue ſcholio
Vos fara cada qual or mais grandeſa
Dentro nos corações ſeu Capitolio.
E aquelle que indo oje Italia preſa,
Vendo voſſos quilates ſoberanos,
De ſeus lumes abate a mòr clareza.
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Ao ſenhor Dom Duarte.
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Iá dei-