Meu irmão Al-hakem acaba de ser reconhecido successor do kalifado: eu próprio o acceitei por futuro senhor poucas horas antes de vir ter comvosco. Se o destino assim o quer, faça-se a vontade de Deus! Al-barr, imagina que os teus sonhos ambiciosos e os meus foram uma kassidéh [1] que não soubeste acabar, como aquella que debalde tentaste repetir na presença dos embaixadores do Frandjat, [2] e que foi causa de cahires no desagrado de meu pae e de Al-hakem, e de conceberes esse odio que alimentas contra elles, o mais terrível odio deste mundo, o do amor próprio offendido.”
Ahmed Al-athar e o outro arabe sorriram ao ouvirem estas palavras de Abdallah. Os olhos, porém, de Al-barr faiscaram de colera.
“Pagas mal, Abdallah,—disse elle com a voz presa garganta—os riscos que tenho corrido para te obter a herança do mais bello e poderoso império do Islam. Pagas com allusões affrontosas aos que jogam a cabeça com o algoz para te pôr na tua uma corôa. És filho de teu pae! ... Não importa. Só te direi que