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Página:Lendas e Narrativas - Tomo II.djvu/170

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rede ás costas, chumbeira e polvorinho a tiracolo. O saloio ficou embaçado.

“Com que, sim, senhor! Já você por aqui me apparece a estas horas,”—­disse o prior com um gesto folgado, que forcejava por ser colerico.—­“Heim?”

“É verdade, padre prior!... Entreter um bocado... A manhan estava boa.”

“Pois não! Aos pardaes... bem sei! Ora corte-me para casa, e vá ajudar seu pae, o pobre velho, que lá anda lidando... e você feito caçador das duzias... Caçador! Pensava agora o sonso que me enganava! Vamos marchando!”

Deu alguns passos para diante, emquanto o Manuel da Ventosa fazia o mesmo em sentido contrario. Depois voltou-se de repente. O saloio também parára a olhar para trás.

“Olé. Escuta cá, Manuel!”—­O Manuel aproximou-se.

“Depois d’amanhan é necessario que você se bote aos pés de seu pae, que lhe conte a boa obra que fez, e que lhe peça licença para casar com Bernardina...”

“Pelo amor de Deus, padre prior!”—­interrompeu o triste do rapaz cheio de susto.—­“Com os figados delle, põe-me os ossos n’um feixe.”