por mim. Quero admitir também que eu seja uma namoradeira...
DOUTOR - Perdão: uma encantadora namoradeira...
CARLOTA - Dentada de morcego; aceito.
DOUTOR - Não: atenuante e agravante; sou advogado!
CARLOTA - Admito isso tudo. Não me dirá donde tira o direito de intrometer-se nos atos alheios e de impor as suas lições a uma pessoa que o admira e estima, mas que não é nem sua irmã nem sua pupila?
DOUTOR - Donde? Da doutrina cristã: ensino os que erram.
CARLOTA - A sua delicadeza não me há de incluir entre os que erram.
DOUTOR - Pelo contrário; dou-lhe um lugar de honra: é a primeira.
CARLOTA - Sr. Doutor!
DOUTOR - Não se zangue, minha senhora. Todos erramos; mas V. Excia. erra muito. Não me dirá de que serve, o que