nascido para influir nos destinos do seu povo, consagra-se com disvelo e veemência à sua libertação.
As suas mãos brancas como as boninas dos vales, desprendem da citara maviosa, acordes e melodias divinas que converterão as almas ao influxo da arte. E com seus cantares dulcissimos, leva as ideias ao mais profundo das almas.
Cantora e poetisa, inspirada e terna, audaciosa, genial, e bela, toda a sua alma piedosa, sensivel e heroica, vibra num poema de renúncia que assinala essa fase agitadora do Exôdo do Egito.
O seu estro nativo, a sua voz de sereia, os seus cânticos que são gorgeios de ave canora, os seus olhos negros como o mistério da noite e suaves como plumagens de ninhos; a graça ondulante do corpo esbelto envolto em túnica de gazes aerias e roçagantes, dão-lhe uma fórma angélica de semi-deusa que fascina o povo e o converte.
Cura as feridas de corpo e alma dos peregrinos, apaga-lhes a sede devorante, apazigúa as suas revoltas, amaina as suas dores, embala as suas esperanças e alenta as suas descrenças e as suas fadigas de sequiosos do Oasis prometido.
Como os ideais artistas da renascença magnetisados de espiritualidade e magnetisadores do sentimento e da belêsa, Maria de Sinai dispersa a sua alma como um sôpro de emoção, crente em que o bem e a purêsa florescem cultivados pela poesia e pela bondade sob o império das virtudes humanitárias e civicas. Mas cançadas de caminhar, exaustas pela fadiga e a descrença, as tribus blasfemam e revoltam-se de novo.
Retrocedem á adoração do Bezerro de Oiro. Maria de Sinai sente-lhes a razão de descrentes desiludidos. E é indulgente para a violação das leis que deviam cingir-se á nova religião do Profeta. O seu crime de piedade