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Avancei para a esquadra em linha de batalha.

Estavamos quasi a tiro de peça, julgando já todos o combate inevitavel. Os terraços de Montevideo estavam cheios de curiosos; os mastros dos navios de todas as nações estacionados no porto estavam tambem cheios de espectadores.

Todos esperavam com anciedade o resultado do combate que se julgava inevitavel.

Mas o commandante da esquadra argentina não quiz correr o risco d’este combate, e tomou o mar, entrando nós no porto no meio das acclamações geraes.


VII

INTERVENÇÃO ANGLO-FRANCEZA

Os negocios de Montevideo n’esta conjunctura iam o peior possivel, quando a intervenção anglo-franceza veiu pôr um veto ao bloqueio; as duas potencias alliadas apoderaram-se da frota inimiga e dividiram-na.

Resolveu-se então nova expedição sobre o Uruguay.

O fim d’esta expedição era de se apoderar da ilha de Martim-Garcia, da cidade de Colonia e de alguns outros pontos, e principalmente do Salto, pelo qual se poderiam abrir communicações com o Brazil, ao mesmo tempo que se formaria um pé de exercito de terra destinado a substituir o que fôra destruido.

Embarquei duzentos voluntarios na minha pequena frota, e dirigi-me sobre o forte Martim-Garcia. Encontramo-lo abandonado pelo inimigo e occupamo-lo.

A cidade de Colonia da mesma fórma estava abandonada, quando ante ella se apresentaram a esquadra anglo-franceza, e a minha pequena fr